Resenha!: Noite de reis (William Shakespeare)
Livro: Noite de Reis
Autor: William Shakespeare
Número de páginas: 128
Editora: Saraiva / Nova Fronteira
Edição: Brochura
Acho que é sempre um pouco complexo falar de Shakespeare e parecer que você entende do que está falando sem ter pelo menos tirado um ano da sua vida para estudar suas obras. Mas, como todo mero mortal deve fazer, vou tentar expressar minha opinião sobre meu segundo contato com as obras do Grande Bardo de Avon! Hoje a resenha vai ser bem curtinha, assim como o livro, já que é tudo um tanto quanto bem simples.
Noite de reis é uma comédia escrita na chamada Era de Ouro das comédias de Shakespeare, e conta a história de um triângulo amoroso um tanto quanto diferente. Existem três personagens principais: o Duque da Ilíria, Viola e Olívia. Viola acreditava ter perdido o irmão gêmeo em uma tempestade e depois acabou indo parar na corte do Duque, que era sua verdadeira paixão. Mas como não poderia mostrar sua verdadeira face, se esconde em trajes masculinos e proclama-se, então, Cesário, pajem do Duque. Já o Duque era completamente apaixonado por Olívia, que era uma condessa que não dava a mínima para seu amor, mandando com frequência ele dedicá-lo a outra pessoa e desistir dela mesma. Mas isso tem um motivo específico: é que quem passou a levar as juras de amor a ela foi Viola, sob os trajes de Cesário. Isso levou Olívia a se apaixonar completamente por ele (ela, no caso haha), induzindo Viola a voltar a casa dela sempre que conseguia uma oportunidade. A trama principal gira em torno do triângulo, mas com cenas divertidas que acompanham a história em que os servos de Olívia protagonizam, junto ao seu primo primo bêbado, Sir Toby, e seu fiel conterrâneo, Sir Andrew, que lhe falta os miolos, mas não lhe falta a coragem.
Assim como a maioria dos teatros que já li (sou um pouquinho familiar a Suassuna), a leitura desse daqui foi bem fluida, já que não existe a parte narrativa que normalmente endossa a leitura e, às vezes, é o elemento que a torna um pouco mais extensa. Os diálogos são de uma linguagem muito formal, mas sem excesso de palavras de difícil compreensão (apesar de muitas expressões em francês e algumas referências um pouco mais difíceis de notar para os que não conhecem certas culturas europeias). O roteiro é bem divertido, já que, mesmo antigo, o humor da época era algo bem requintado (admito que ri bastante em algumas cenas do livro, principalmente nas que envolviam Sir Toby e Sir Andrew) e, apesar de cômico, o roteiro tende a um desfecho mais romântico (seria esse, talvez, o precursor das comédias românticas de Hollywood?).
É uma leitura facilmente recomendável àqueles que não são familiares ao tipo de leitura (muitos não têm contato com obras dramáticas) e acho que é um ótimo pé de entrada para conhecer Shakespeare, já que é uma obra mais simples (e não tem tanta necessidade de conhecimentos de contextos históricos, como em Macbeth e Hamlet) e nem tem um roteiro extremamente denso e cheio de acontecimentos. É algo bem simples, na verdade, que dá pra ler entre obras mais pesadas para dar um certo alívio na leitura haha.
Nota final!
3,5 limõezinhos
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